Surpresa das surpresas, esta notícia passou ontem nos noticiários da SIC. Deixo-vos com a notícia e com o link para o respectivo vídeo.
E, já agora, com a minha opinião: é preciso perceber muito bem quais foram os indicadores de qualidade de vida utilizados. Porque eu, como Cinfanense de gema, não acho nada que Cinfães seja um mau sítio para se viver.
"Cinfães é o concelho com pior qualidade de vida em Portugal Continental. É a conclusão de um estudo do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da Universidade da Beira Interior.
Segundo Pires Manso, professor catedrático da UBI e coordenador do trabalho no Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da UBI, "de uma forma geral não há grandes mudanças e o índice continua a mostrar um país a duas velocidades".
"Os municípios do litoral destacam-se nos 20 primeiros e nos últimos lugares predominam os municípios do interior norte e alentejano", sublinhou.
Lisboa e Albufeira mantêm a melhor qualidade de vida, seguidos de Oeiras.
"Este índice reflecte a realidade do país", recorrendo a meia centena de variáveis de 15 áreas como equipamentos (de comunicação, culturais ou outros), educação, ambiente ou dinamismo económico, entre outros.
O trabalho conclui que "existem apenas poucas áreas em que a situação se apresenta positiva. Apesar da existência de algumas em que a situação é neutra, a maioria revela uma situação deficitária de grande parte dos concelhos portugueses".
"Em termos gerais, não se pode considerar animador o cenário do país em termos de desenvolvimento económico e social ou de qualidade de vida no sentido mais amplo", destaca.
A edição de 2009 do índice foi feita com base no anuário de 2006 do Instituto Nacional de Estatística, "o mais recente disponível", enquanto a edição divulgada no último ano tinha por base o anuário de 2004.
Entre os vinte primeiros lugares há cinco novos municípios: Alcochete, Alpiarça, Constância, Crato e Évora. Caem Amadora, Marinha Grande, Sintra, Vila Franca de Xira e Vila Real de Santo António.
No fundo da tabela, houve maiores movimentações. Dos 20 últimos do estudo anterior, só quatro se mantêm no grupo em 2009: Alcoutim, Cinfães, Resende e Vinhais.
Houve ainda cerca de uma dezena de oscilações que rondam as cem posições, para as quais Pires Manso não tem explicação. "Subir oito ou 10 lugares parece-me normal, mas há outras em que, se pensarmos um pouco, não vemos razões para serem tão grandes".
"Não consigo encontrar explicação. Nós trabalhamos com os dados do INE. Pode às vezes ter havido o preenchimento de inquéritos com menos seriedade", refere.
Seja como for segundo Pires Manso, "nunca se fez um estudo em Portugal com tanta variável como nós utilizamos neste. É um trabalho fiável", garante.
Questionado pela Agência Lusa sobre a oportunidade da actualização do índice com eleições autárquicas à porta, Pires Manso acredita que "é o momento ideal. A minha expectativa é que isto suscite o debate".
"Estamos a dar um contributo para que o país se conheça melhor e as pessoas possam debater", concluiu.
Segundo o investigador, o estudo não abrange a Madeira e Açores, "porque não estão publicados os mesmos dados que existem para todos os outros municípios".
Lusa"
sic.aeiou.pt/online/video/informacao/noticias-pais/2009/7/qualidade-de-vida-em-portugal.htm
E, já agora, com a minha opinião: é preciso perceber muito bem quais foram os indicadores de qualidade de vida utilizados. Porque eu, como Cinfanense de gema, não acho nada que Cinfães seja um mau sítio para se viver.
"Cinfães é o concelho com pior qualidade de vida em Portugal Continental. É a conclusão de um estudo do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da Universidade da Beira Interior.
Segundo Pires Manso, professor catedrático da UBI e coordenador do trabalho no Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da UBI, "de uma forma geral não há grandes mudanças e o índice continua a mostrar um país a duas velocidades".
"Os municípios do litoral destacam-se nos 20 primeiros e nos últimos lugares predominam os municípios do interior norte e alentejano", sublinhou.
Lisboa e Albufeira mantêm a melhor qualidade de vida, seguidos de Oeiras.
"Este índice reflecte a realidade do país", recorrendo a meia centena de variáveis de 15 áreas como equipamentos (de comunicação, culturais ou outros), educação, ambiente ou dinamismo económico, entre outros.
O trabalho conclui que "existem apenas poucas áreas em que a situação se apresenta positiva. Apesar da existência de algumas em que a situação é neutra, a maioria revela uma situação deficitária de grande parte dos concelhos portugueses".
"Em termos gerais, não se pode considerar animador o cenário do país em termos de desenvolvimento económico e social ou de qualidade de vida no sentido mais amplo", destaca.
A edição de 2009 do índice foi feita com base no anuário de 2006 do Instituto Nacional de Estatística, "o mais recente disponível", enquanto a edição divulgada no último ano tinha por base o anuário de 2004.
Entre os vinte primeiros lugares há cinco novos municípios: Alcochete, Alpiarça, Constância, Crato e Évora. Caem Amadora, Marinha Grande, Sintra, Vila Franca de Xira e Vila Real de Santo António.
No fundo da tabela, houve maiores movimentações. Dos 20 últimos do estudo anterior, só quatro se mantêm no grupo em 2009: Alcoutim, Cinfães, Resende e Vinhais.
Houve ainda cerca de uma dezena de oscilações que rondam as cem posições, para as quais Pires Manso não tem explicação. "Subir oito ou 10 lugares parece-me normal, mas há outras em que, se pensarmos um pouco, não vemos razões para serem tão grandes".
"Não consigo encontrar explicação. Nós trabalhamos com os dados do INE. Pode às vezes ter havido o preenchimento de inquéritos com menos seriedade", refere.
Seja como for segundo Pires Manso, "nunca se fez um estudo em Portugal com tanta variável como nós utilizamos neste. É um trabalho fiável", garante.
Questionado pela Agência Lusa sobre a oportunidade da actualização do índice com eleições autárquicas à porta, Pires Manso acredita que "é o momento ideal. A minha expectativa é que isto suscite o debate".
"Estamos a dar um contributo para que o país se conheça melhor e as pessoas possam debater", concluiu.
Segundo o investigador, o estudo não abrange a Madeira e Açores, "porque não estão publicados os mesmos dados que existem para todos os outros municípios".
Lusa"
sic.aeiou.pt/online/video/informacao/noticias-pais/2009/7/qualidade-de-vida-em-portugal.htm