Domingo foi dia de mais cinema. Não há fome que não dê em fartura, já diz o ditado. Por vezes, tem razão. Finalmente, houve tempo para ir ver este "Um homem singular", o filme que revelou ao mundo Tom Ford como realizador de cinema.
Este filme não é um filme. É uma obra de arte. Um objecto de admiração. Não há um só pormenor deixado ao acaso, desde as filmagens (com diferentes gradientes de cor), aos cenários, ao guarda-roupa... Tudo belíssimo.
Colin Firth, então, está fenomenal no papel de George, um homem de meia-idade que, de um momento para o outro, vê a sua vida virada do avesso, pelo "simples" facto de o seu companheiro de 16 anos, Jim, morrer num acidente de automóvel. Como diz a personagem: "For the first time in my life, I can't see my future. (...) but today I have decided will be different."
E é este dia que nos é dado a seguir. Com um nó na garganta, à espera do desfecho. Intercalado com imagens do passado, recordações dolorosas...
Em termos de história, o filme não é brilhante. Não tem nada de especial. Mas a forma como é contada, como as situações são construídas... É de pura beleza.
O que mais me irritou, porém, é a forma como um filme como este nos faz acreditar em todas essas coisas: amor irredutível, beleza, sensibilidade. Onde está tudo isso? Apenas quando preso a uma tela de ecrã, porque na vida real... Ilusões, é o que é. Por isso, acabei por sair deprimida do cinema! Mas, ao menos, que seja por uma boa razão.
À espera de um futuro...
1 comentário:
É um filme extraordinário, a grande surpresa deste ano. Até agora. Quanto ao futuro... ele está aí. Talvez precise apenas que o descubras. :)
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