Comprei este livro há pouco tempo, qualquer coisa como um mês, numa ida consumista à FNAC. Há que aproveitar quando se encontram livros dos quais potencialmente se vai gostar. Mesmo que seja para ficarem na prateleira durante algum tempo. Não foi o que aconteceu com este, no entanto. E, passadas duas semanas, já está terminado, para meu contentamento.
Este livro é considerado o primeiro romance do escritor, que foi posto de lado para dar origem a "O Estrangeiro". A temática é semelhante e a personagem principal também... Curiosamente, foi pulicado pela primeira vez já depois da morte do autor.
É um prazer ler Camus. Tem uma linguagem muito ligada à luz e ao sol, aos seus efeitos e sensações. Mas também à moral, à dicotomia certo/errado, bem/mal. É engraçado que é quase como se os seus livros não tivessem nada de especial. Tão simples e, ao mesmo tempo, tão poderoso, tão pungente. Afirmo novamente: é um dos meus escritores favoritos. Não sei se é pelo imaginário de África do Magreb, mas há qualquer coisa que me emociona e me transporta na sua leitura.
Assim, para quem se interessa por este tipo de leitura, aqui fica a sugestão. Vale a pena.
Deixo-vos com alguns trechos do livro. Estão em Francês, mas foi assim mesmo que foram escritos...
"Nous n'avons pas le temps d'être nous-mêmes. Nous n'avons que le temps d'être heureux."
"Je suis certain qu'on ne peut être heureux sans argent. Voilà tout. Je n'aime ni la facilité ni le romantisme. J'aime à me rendre compte. J'ai remarqué que chez certains êtres d'élite il y a une sorte de snobisme spirituel à croire que l'argent n'est pas nécessaire au bonheur. C'est bête, c'est faux, et dans une certaine mesure, c'est lâche."
"Nous usons notre vie à gagner de l'argent, quand il faudrait, par l'argent, gagner son temps."
"Tout être ayant le sens, la volonté et l'exigence du bonheur avait le droit d'être riche."
"Le contraire d'un idéaliste c'est trop souvent un homme sans amour."
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