The Black Keys ao vivo naquela que é provavelmente a pior sala de espectáculos do país

Finalmente chegou o tão esperado dia que trouxe os The Black Keys pela primeira vez a terras lusas. Não houve propriamente grande tempo para preparar o espírito para tal acontecimento, uma vez que os dias anteriores foram passados em ambiente de congresso científico e só regressei a Lisboa no próprio dia... mas adiante.
Então, concerto dos The Black Keys no Pavilhão Atlântico. Desde o dia em que tal notícia foi anunciada que achei uma má ideia. Não os The Black Keys virem a Portugal, mas o facto de fazerem o concerto no Pavilhão Atlântico. Nítido erro de casting. Só tinha visto um outro concerto em tal sala (Dave Matthews Band, em 2007), e não tinha corrido propriamente bem, principalmente em termos de som (a acústica é fraca e os técnicos de som também, aparentemente). Mas pronto, o concerto era único, por isso não havia neste caso uma opção. Por isso, lá fui eu. Coincidência, ou talvez não, a coisa não começou bem - logo na primeira música (dos The Black Keys, porque enquanto os The Maccabees estavam a tocar, nada de mal me pareceu acontecer...), Mr. Dan Auerbach começa a cantar e som de grilo. Não se ouve nada para além dos instrumentos... Eu não gosto de ser pessimista, mas foi mesmo assim. Na segunda música, o  problema foi parcialmente resolvido, mas durante o resto do concerto a voz de Auerbach ouviu-se sempre um pouco abaixo do registo instrumental (o que não favorece a música). Adiante. O concerto prosseguiu, eficiente, com o duo a passar um pouco por toda a sua discografia (pelo menos aquela que me é familiar), com versões rápidas e poderosas. Mas não levaria muito tempo até chegar ao fim - após uma hora de concerto, os The Black Keys retiraram-se, para voltar pouco depois para um encore de duas músicas, se não estou em erro.
Qual foi, então, o sentimento geral?... Soube a pouco, a muito pouco. O concerto foi demasiado curto, para uma banda que actuou pela primeira vez em Portugal, trazendo na bagagem uma discografia já bastante extensa. Talvez mais importante do que isso tenha sido o sentimento de que faltou algo... Não sei bem explicar, mas acho que faltou uma certa vitalidade, aquele sentimento que um concerto de blues rock deveria ter. O que, neste caso, não aconteceu. Fiquei desiludida.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pior sala sem dúvida...
Ainda me recordo do concerto dos Pearl Jam em que fiquei no segundo anel. Não entendes nada do que ouves e o som é horrível!
Lembras-te do concerto dos The Strokes no Meco? Pronto, tens uma vaga ideia de como é o som no último anel do PA.
Martocas

irRita disse...

É uma porcaria de uma sala para fazer concertos. Bom, bom, é para jogos de ténis. Isso sim, gostei de ver por lá. :)
Beijinhos, Marta!