Durante a minha estadia em Lisboa, fui também ver a adaptação cinematográfica de uma obra que muito de impressionou. Estou a falar de A vida de Pi, livro de Yann Martel. Quando soube que a obra estava a ser adaptada ao cinema, fiquei algo surpreendida, porque não é uma história nada óbvia para passar para a grande tela... No entanto, Ang Lee conseguiu, na minha opinião, fazer um óptimo trabalho, quer na transposição da história, quer na gestão de tempo e ritmo dessa mesma história. Como podem ler no que escrevi sobre o livro, grande parte da acção é passada em alto mar, com apenas duas personagens. Logo por aí podem perceber que é provavelmente difícil manter o espectador interessado e contar a história de forma a que as pessoas se mantenham acordadas! Mas o que às vezes é provável, nem sempre se verifica. Claro que Ang Lee optou por fazer um filme muito mais condensado (em relação ao livro) e de certa forma bem menos violento. Porque talvez o objectivo principal fosse dar ênfase àquela que é a grande questão do filme/história: a fé como motor de vida. Nesse aspecto, a adaptação ao grande ecrã de A vida de Pi está virtualmente fiel ao seu original literário. E talvez por isso tenha gostado muito do filme. Está lá tudo, para quem quiser ver. Ou, alternativamente, pode ser "apenas" a história de como um miúdo sobreviveu a um naufrágio em alto mar na companhia de um tigre de Bengala.
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