Passados quase dois anos (e após uma ligeira mudança de formato), regressei às sessões de Clubbing da Casa da Música. O principal motivo?... O regresso a Portugal de uma banda mítica, de seu nome Yo La Tengo (que, face ao preço do bilhete, foi realmente uma oportunidade imperdível). O ter podido assistir a este concerto com a companhia de dois grandes amigos foi um enorme bónus e fez desta ida à Casa da Música uma bela despedida (um até breve, prefiro assim).
Os Yo La Tengo fazem, desde há muito tempo, parte do meu imaginário musical. No entanto, não possuo nenhum dos seus álbuns e, tenho que confessar, também não conheço particularmente bem a música do trio americano. Mas aquilo que conheço, gosto, e isso é suficiente para me levar a um concerto.
Acho que posso afirmar que este foi um concerto único. E passo a explicar porquê. Primeiro, houve durante praticamente todo o concerto uma sensação de desconforto da banda, como se o palco fosse demasiado grande para eles, bem como a plateia cheia. Que culminou no momento em que Georgia Hubley é "obrigada" pelos restantes membros da banda a ser a voz de uma canção em que quase se ouvia apenas... a sua voz. Estranho, portanto. Depois, houve claramente uma alternância entre temas mais "barulhentos", com Ira Kaplan a divertir-se ao comando das suas diversas guitarras, e momentos bem mais calmos e intimistas. Ao mesmo tempo estranho e interessante, com os momentos mais barulhentos a serem quase hipnóticos, por incrível que pareça... Foi um estranho bom, um concerto sem pré-formatação, diferente daquilo que estou habituada.
O encore, com uma versão a cappella de "You Can Have It All", foi realmente a cereja no topo do bolo. Porque, de vez em quando, é bom ouvirmos as nossas músicas favoritas quando vamos a concertos.
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