Até ao lavar dos cestos ainda é vindima. O ditado português faz todo o sentido para descrever as últimas semanas em Berlim - aproveitar a cidade até ao último dia. E foi assim que rumei até ao Schokoladen para um dos múltiplos concertos que por lá passam. Sítio simpático, ambiente aparentemente familiar pelo que me foi revelado. Fui até lá por indicação, na companhia de gente simpática. Primeiro, um rapaz americano em palco, dedilha uma guitarra. Agradável, mas pouco mais do que isso. Depois, a também americana Phoebe Kreutz (habituée por aquelas bandas) toma conta do palco, com a sua voz doce e canções fáceis. As letras, divertidas, são cantadas em uníssono por um grupo de fãs (de longa data?). O ambiente é sem dúvida acolhedor. E, no final do concerto, vem o momento da epifania em forma de canção. Walk me home podia ser uma história contada por mim, de uma noite quente que calhou ser a mais curta do ano. E a do início do Verão. As coincidências são engraçadas. Mas talvez as experiências de vida sejam mais sobreponíveis do que aquilo que uma pessoa normalmente esperaria...
Um belo serão. Sem dúvida.
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