Nada como um livro interessante para nos pôr a ler como se não houvesse amanhã. Muitos de vocês conhecerão com certeza essa sensação. Cada vez que me acontece semelhante coisa, continuo a ficar extremamente feliz (porque uma boa leitura é algo que me faz feliz). E foi exactamente o que aconteceu com este livro de Mark Haddon, The Red House.
Tenho que ser verdadeira e admitir que, no início, não foi exactamente assim. O livro, que descreve uma semana de férias no campo de um casal de irmãos e respectivas famílias, tem um início lento. Daqueles em que não se percebe muito bem para onde a história vai evoluir... Mas acaba por nos contar isso mesmo: como duas famílias que nada têm a ver uma com a outra se relacionam na partilha de um mesmo espaço e tempo durante uma semana de férias em comum. Consigo perceber que, para muitos de vós, esta talvez não seja uma premissa deveras interessante... Para mim, que aprecio uma boa história sobre pessoas/famílias disfuncionais, é escrito à medida. Porque aprendo sempre alguma coisa, quanto mais não seja a olhar mais atentamente para as pessoas à minha volta. E, com um bocadinho de sorte, talvez aprenda também a entendê-las melhor. Talvez venha daí o meu fascínio por este tipo de histórias. Ou talvez seja apenas o reflexo de todos termos, dentro de nós e à nossa volta, resquícios dessa disfuncionalidade... Não sei.
* Este livro foi um dos primeiros dois que comprei em Londres. Os primeiros de muitos, se tudo correr bem. :)
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