Frankenstein (ou como ver uma peça de teatro no cinema)

É fim-de-semana. Vamos lá aproveitar o tempo livre extra e o estado de espírito mais descansado para escrever um pouco neste blogue. Já vai sendo tempo.
Há umas semanas atrás tive a primeira experiência em algo que é bastante comum aqui em Londres: peças de teatro televisionadas em salas de cinema. O motivo foi um bom motivo e vinha recomendado. O clássico Frankenstein encenado pelo enfant terrible Danny Boyle, com Jonny Lee Miller e Benedict Cumberbatch nos papéis de Frankenstein e o seu criador Victor, em versões alternadas. Bastante apropriado para a dita Noite das Bruxas, não? Escolhi a versão em que Jonny Lee Miller é Frankenstein e Benedict Cumberbatch é Victor. Confio que ambas as versões serão fantásticas, mas não deixo de pensar que Miller é mais adequado para o papel do que Cumberbatch...
A peça é muito, muito boa. Os actores, os cenários, a música... tudo. É verdade que por cá sabe-se realmente fazer teatro. O que não me convenceu particularmente foi a parte de ver tudo isto numa tela de cinema (eu sei que já não são telas, mas fica mais bonito dizer assim). Filmado. Com ângulos de visão que nunca teria caso estivesse a ver a peça ao vivo, num teatro. Não sei, não me parece interessante. Ou verdadeiro. É quase como se fosse um filme (assim tipo o Dogville). Talvez o meu cérebro seja demasiado compartimentalizado e me faça gostar das coisas cada uma no seu lugar. Filmes no cinema, peças no teatro. E com actores que estejam realmente à minha frente.

Sem comentários: