Aqui fica mais um poema da minha autoria. Espero que gostem.
A espera
O relógio indica que o tempo passa.
Irremediavelmente.
O fim do dia espera-nos,
na correria das gentes.
Os longos percursos
encurtam-se nos ponteiros desse relógio,
incessante.
A ânsia que aumenta
e diminui,
sem que nada aconteça.
De repente,
ilumina-se o olhar.
A esperança retorna,
a espera terminou!
Lá fora,
o céu escurece…
a noite cai por fim.
Os olhares não se entrecruzam,
as vidas seguem
solitárias.
Rumo à vida.
Apressadas.
Com vista ao fim da espera,
ao descanso desejado.
(15-05-2006)
1 comentário:
Pois, pois, isto é muito giro, mas não se compara ao mestre Fernando Grade que, do alto da sua eloquência, assim regurgitou a sua
"Fenda Misteriosa":
"Abre-se a raiz da terra
Onde a erva secou:
Um buraco com forma de gente.
É por aí que a formiga vai entrar."
in "O Vinho dos Mortos"
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