Passaram, no dia 4 de Janeiro, 50 anos sobre a morte de Albert Camus. Nascido em 1913 na Argélia, morreu num acidente de carro em França, com apenas 46 anos de idade, tendo deixado uma obra vasta que, em 1957, tinha sido distinguida com o Prémio Nobel da Literatura.
Camus é um dos meus escritores favoritos. Tudo o que li da obra dele foi em Francês, já depois de minha estadia por essas terras. Apenas li "L'étranger", "La Chute" e "La Peste", qualquer um deles uma obra fantástica. Marcaram-me muito estas leituras, por toda a filosofia de vida que está por detrás. A escrita de Camus é altamente pictórica, é fácil imaginar tudo aquilo que ele vai descrevendo. Talvez por isso, por exemplo, "La Peste" é um livro extremamente denso. Parece que estamos realmente em Oran, por altura do surto de peste!
Com esta nota, quero apenas prestar a minha pequena homenagem a um escritor que muito me inspirou ao longo do tempo. Para que continue sempre vivo na minha (nossa) memória.
2 comentários:
«O Estrangeiro» é um livro marcante. Talvez não entendas o que vou dizer, mas o meu sonho de menino era ser escritor. Nas noites longas de inverno, já deitado na minha cama, planeava escrever dois ou três livros marcantes e morrer novo. Queria deixar saudades e que me chorassem não vendo a minha morte como uma inevitabilidade devido à idade mas sim como uma tragédia. Isso aconteceu, em parte, com Albert Camus.
P.S. - Tinha na altura uns 11 ou 12 anos. Ainda hoje tenho medo de envelhecer.
Talvez não partilhe inteiramente do que dizes, mas o sonho de ser escritora continua cá, desde menina...
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