Uma Outra Educação, ou, mais concretamente, Um Homem Sério



Sexta-feira foi um dia complexo. Começou bem e depois foi andando por aí abaixo... Uma das situações mais caricatas aconteceu na ida ao cinema com a prima Carol. Confusões com o estacionamento, mas lá comprei os bilhetes e fiquei à espera que a Carol chegasse. Entrámos para o cinema (El Corte Inglès) e lá fomos nós em direcção à sala 2. Sentámo-nos e quase imediatamente começou o filme.
Dois camponeses a falar yiddish, ou algo do género, um homem que está morto mas não está morto... "Estranho, este filme não parece nada o que vínhamos ver..." 5 minutos passam, e a situação continua. "Ah! Não é mesmo o filme que queríamos ver (Uma Outra Educação), mas sim o último filme dos irmãos Coen!!! Ok, vamos ficar e vê-lo, já que aqui estamos."
E assim foi. Larry Gopnik é judeu (como todas as personagens do filme, bem como toda a temática do filme), um homem que apenas quer ser "um homem sério". Professor universitário de Física, tem um método único altamente incompreendido pelos seus alunos. E todos os seus problemas começam quando um dos seus alunos, indignado com o chumbo à cadeira, tenta todos os métodos para o convencer a passá-lo. Logo depois, a sua mulher quer o divórcio, para casar com um dos seus amigos - e o homem acaba por morrer, tendo que Larry ainda pagar o funeral! Enfim, todo um conjunto de absurdos se desenrolam, e culminam num desfecho... aberto. Aberto às considerações de cada espectador.
Quanto à minha opinião, não sei o que diga. Às vezes, acho que não tenho sentido de humor para acompanhar estes dois irmãos realizadores. É que passei 3/4 do filme completamente irritada com todas as personagens! É que não faz bem ao espírito!
Mas não deixa de ser um filme interessante, com uma perspectiva de vida diferente. É quase como que o comodismo-mor: aceitar sempre a vida tal como ela é. Quem é que consegue?



Ah, claro que não estávamos na sala 2, mas sim na 3...

2 comentários:

Anónimo disse...

Ao ler o título do 'post' achei que se adequava perfeitamente ao título de uma crítica a «Uma Outra Educação». Ironicamente falando, é claro. Quanto aos Cohen, por vezes têm a piada certa mas são demasiadas balas perdidas até acertarem no alvo. E olha que eu até creio ter sentido de humor. Um dia destes ainda nos encontramos por aí à porta de uma sala de cinema. :)

irRita disse...

Quem sabe? :)