Ora aqui está um livro que comprei porque: (1) gostei do título; (2) quando vi que era sobre a vida de Trotski no exílio e sobre o seu assassinato, gostei ainda mais. E, assim, lá o comprei. Mas ficou uns bons 6 meses na estante, à espera de tempo e vontade para o ler. Que, finalmente, chegaram.
Leonardo Padura, escritor cubano, faz uma abordagem original do tema, que é contado a três vozes: o narrador propriamente dito, Iván; Liev Trotsky, ele mesmo; e Ramon Mercader, o homem que será o seu carrasco. A história começa quando, com a mulher às portas da morte, em 2004, o cubano Iván resolve contar-lhe uma história que carrega consigo há mais de 30 anos, e que começou no dia em que, numa praia de Cuba, conheceu um homem enigmático, acompanhado de dois galgos russos, que lhe revelou pormenores sobre a morte de Trotsky... Depois, recua até ao final dos anos 1920, altura em que Trotsky é enviado por Estaline para o exílio, e a partir daí continua a história, sempre intercalada entre as três personagens, até à altura da sua morte, no México, em Agosto de 1940.
Leonardo Padura, escritor cubano, faz uma abordagem original do tema, que é contado a três vozes: o narrador propriamente dito, Iván; Liev Trotsky, ele mesmo; e Ramon Mercader, o homem que será o seu carrasco. A história começa quando, com a mulher às portas da morte, em 2004, o cubano Iván resolve contar-lhe uma história que carrega consigo há mais de 30 anos, e que começou no dia em que, numa praia de Cuba, conheceu um homem enigmático, acompanhado de dois galgos russos, que lhe revelou pormenores sobre a morte de Trotsky... Depois, recua até ao final dos anos 1920, altura em que Trotsky é enviado por Estaline para o exílio, e a partir daí continua a história, sempre intercalada entre as três personagens, até à altura da sua morte, no México, em Agosto de 1940.
Este é um livro, acima de tudo, sobre a desilusão, e uma enorme crítica ao comunismo. Ou como se processa a queda de uma utopia. Para mim, é um notável exercício sobre a nossa história recente, particularmente sobre a cultura russa, que é algo que, desde sempre, me fascinou. É um daqueles livros que serve dois propósitos: entreter e ensinar. E, por isso mesmo, aconselho vivamente a sua leitura. Até porque o saber não ocupa lugar.
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