Greenberg, o novo filme de Noah Baumbach. Não que tenha visto algum, mas fiquei a saber que o senhor é amigo de Wes Anderson e até o ajuda na escrita dos guiões - o que, por si só, já diz muito sobre ele.
Greenberg é Roger Greenberg, interpretado por Ben Stiller, de regresso a papéis menos comerciais. E extremamente magro, com os ossinhos da cara demasiado salientes. Greenberg mora em Nova Iorque, mas volta a Los Angeles para ficar em casa do irmão, enquanto este faz uma viagem com a família ao Vietname. De regresso ao local onde cresceu, Greenberg vai reencontrar-se com os antigos amigos (e fantasmas do passado). Mas vai, também, conhecer novas pessoas. Tudo isto numa onda de ressentimento, porque o senhor é, provavelmente, a pessoa mais egocêntrica e rancorosa à face da Terra! Todas as situações ele vê de uma forma complicada, exasperada. Todas as situações ele estraga, convencido em convencer os outros que não há esperança para a vida. Por isso, o melhor é fazer nada. Nada. Aliás, como se pode observar no diálogo com o seu melhor amigo: "Youth is wasted on the young."; ao que ele responde: "I'd go further. I'd go: 'Life is wasted on people.'" É este o sentimento que impera.
Apesar de tudo, parece haver pessoas que têm paciência para este senhor, que lhe dão o benefício da dúvida, apesar dele nem sequer o querer (aparentemente). Assim, contra todo o seu esforço, pode mesmo haver esperança para Greenberg. Graças, principalmente, a Florence (interpretada por Greta Gerwig, da qual muito gostei), a assistente/governanta do irmão, uma rapariga algo estranha, mas de uma generosidade cativante...
Fiquei algo surpreendida, porque, pelo trailer, estava à espera de um filme mais "cómico". Mas, pelo contrário, o filme é muito triste, no sentido em que as pessoas aí retratadas podem mesmo ter um lugar na vida real, e que é difícil perceber quais são as decisões correctas ao longo da vida. Claro que há situações cómicas ao longo do filme, mas são de um cómico-triste.
É um filme bonito. E triste. Que me deixa com algumas ideias para meditar.
"It's huge to finally embrace the life that you never planned on living."
e algo como
"Um psiquiatra disse-me um dia que não sei viver no presente. Por isso, vivo no passado, porque sinto que nunca o vivi verdadeiramente."
Greenberg é Roger Greenberg, interpretado por Ben Stiller, de regresso a papéis menos comerciais. E extremamente magro, com os ossinhos da cara demasiado salientes. Greenberg mora em Nova Iorque, mas volta a Los Angeles para ficar em casa do irmão, enquanto este faz uma viagem com a família ao Vietname. De regresso ao local onde cresceu, Greenberg vai reencontrar-se com os antigos amigos (e fantasmas do passado). Mas vai, também, conhecer novas pessoas. Tudo isto numa onda de ressentimento, porque o senhor é, provavelmente, a pessoa mais egocêntrica e rancorosa à face da Terra! Todas as situações ele vê de uma forma complicada, exasperada. Todas as situações ele estraga, convencido em convencer os outros que não há esperança para a vida. Por isso, o melhor é fazer nada. Nada. Aliás, como se pode observar no diálogo com o seu melhor amigo: "Youth is wasted on the young."; ao que ele responde: "I'd go further. I'd go: 'Life is wasted on people.'" É este o sentimento que impera.
Apesar de tudo, parece haver pessoas que têm paciência para este senhor, que lhe dão o benefício da dúvida, apesar dele nem sequer o querer (aparentemente). Assim, contra todo o seu esforço, pode mesmo haver esperança para Greenberg. Graças, principalmente, a Florence (interpretada por Greta Gerwig, da qual muito gostei), a assistente/governanta do irmão, uma rapariga algo estranha, mas de uma generosidade cativante...
Fiquei algo surpreendida, porque, pelo trailer, estava à espera de um filme mais "cómico". Mas, pelo contrário, o filme é muito triste, no sentido em que as pessoas aí retratadas podem mesmo ter um lugar na vida real, e que é difícil perceber quais são as decisões correctas ao longo da vida. Claro que há situações cómicas ao longo do filme, mas são de um cómico-triste.
É um filme bonito. E triste. Que me deixa com algumas ideias para meditar.
"It's huge to finally embrace the life that you never planned on living."
e algo como
"Um psiquiatra disse-me um dia que não sei viver no presente. Por isso, vivo no passado, porque sinto que nunca o vivi verdadeiramente."
2 comentários:
O problema, como dizia um renomado filósofo, é que o passado já não o temos, o futuro não o conhecemos pelo que só nos resta viver o presente. :)
P.S. - Fui ver «Greenberg» e não gostei por aí além. E o Ben Stiller está tão esquelético que impressiona. Ainda não nos encontrámos por aí...:)
Pois, parece que não...
Claro que não é boa política viver no passado, mas, por acaso, revi-me um pouco naquela ideia. Há que mudar o paradigma!
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