Para primeiro filme do ano, o plano era ver o mais recente de Steve McQueen, 12 Anos de Escravo. Mas um pequeno erro de cálculo (ou deveria antes chamar-lhe excesso de confiança) fez com que já não houvesse bilhetes disponíveis quando chegamos ao cinema... Como plano B, optámos por ver este The Railway Man. Não sabia praticamente nada sobre o filme, para além de que contava com Colin Firth e Nicole Kidman nos papéis principais. Sendo eles bons actores, podia então extrapolar-se que o filme também seria bom. Ou pelo menos aceitável.
Não tendo sido o melhor filme que já vi, é bastante razoável. A história é interessante - Colin Firth interpreta a versão mais velha de um soldado britânico que lutou na Segunda Guerra Mundial e foi feito prisioneiro, tendo sido obrigado a trabalhar na construção do caminho-de-ferro entre a Tailândia e a Birmânia. Como engenheiro que era, a construção clandestina de um rádio (para se poderem manter informados sobre o desenvolvimento da guerra) leva-o à tortura pelas mãos de um jovem soldado japonês. Nos seus cinquenta anos, Firth vive atormentado pelas memórias da guerra, o que conduz à deterioração da relação com a sua recente esposa (interpretada por Kidman). Kidman tenta perceber o que atormenta o marido, e é assim que nós iremos conhecer a realidade que ficou lá na década de 1940 - mas que perseguiu os seus intervenientes até aos dias correntes.
Não quero desvendar mais da história do que já fiz, mas é um filme interessante e focado numa realidade para mim desconhecida (a da construção do caminho-de-ferro e utilização de prisioneiros de guerra para o efeito). Por isso, cumpre a premissa de fazer o espectador (neste caso, eu) aprender alguma coisa. Mas não só. É um filme baseado numa história verídica de crueldade e perdão, na história de um homem que era um entusiasta de comboios. E os comboios são entusiasmantes, sem dúvida.
Quanto ao 12 Anos de Escravo, fica para a próxima semana. Se tudo correr bem.
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