O regresso da escuridão (ou Petite Noir ao vivo na margem sul)


Estou prestes a estabelecer uma tradição: a de ir a concertos quando a prima Carol me visita. Há um ano atrás foi Bonobo em Berlim, desta vez tivemos Petite Noir em Londres. Cidades diferentes, estilos diferentes. E desta vez tenho que dar a mão à palmatória e admitir que nem tudo era melhor em Berlim, porque se tiver que comparar estes dois concertos, tenho que dizer que gostei mais de Petite Noir. Não tem nada a ver com a cidade, é apenas um estilo musical que me agrada mais.
O concerto, inserido no festival Meltdown, foi curto. Como têm sido todos. E embora o rapaz sul-africano continue a não ter um álbum gravado, a situação só parece ajudar à aura que o acompanha - o quão cool se pode ser aos 23 anos (ou qualquer que seja a idade extremamente reduzida que o rapaz tem)?...
A música é densa, muito densa. A voz quase perfeita, a alternar entre graves e agudos sem vergonha. Não sei o que dizer. Mantenho a opinião que ficou quando o vi ao vivo, há quase dois anos, no Mexefest em Lisboa - este rapaz tem tudo para fazer sucesso. Até para criar um certo culto à sua volta. Mas bem que já gravava um álbum. Gostava de o poder ouvir mais amiúde.

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