Depois de Mia Couto veio Chimamanda Ngozi Adichie, autora nigeriana de quem li anteriormente Half Of a Yellow Sun. Livro que adorei, por sinal. Este Americanah, o seu mais recente livro, é um bocado diferente. Mantêm-se, algo naturalmente, as raízes nigerianas bem no centro da história, mas neste caso estamos num período de tempo mais recente. Ifemelu é uma jovem nigeriana que se vê obrigada a emigrar para os Estados Unidos de modo a poder continuar a sua educação universitária. Na Nigéria deixa Obinze, seu grande amor de juventude. A vida nos Estados Unidos será, no entanto, bem longe do ansiado sonho da terra das oportunidades - e é esse evoluir da história que nós, leitores, vamos seguindo. Seguimos Ifemelu e Obinze, paralelamente. Andamos um pouco para trás e para a frente. Com a certeza que haverá um reencontro, mas sem perceber em que circunstâncias.
Assim resumindo, é capaz de parecer um romancezinho inconsequente. Mas não é. Do meu ponto de vista (de emigrante, obviamente), a história é precisamente sobre o desfasamento de realidades quando se vai viver para um país que não é o nosso. O que se aprende, o que se perde. As dificuldades, como se processa o dia-a-dia, como a pouco e pouco, eventualmente, nos vamos adaptando (habituando?) à nova realidade. Tudo isso tem custos, deixa marcas. Talvez por isso tenha gostado muito do livro, o qual li avidamente. Devido ao sentimento de pertença nessas questões. Países diferentes, culturas diferentes, contextos diferentes. Mas, no fundo, há questões completamente transversais nesta coisa de emigrar. Sempre com a esperança de uma vida melhor (o que quer que isso queira dizer).
Assim resumindo, é capaz de parecer um romancezinho inconsequente. Mas não é. Do meu ponto de vista (de emigrante, obviamente), a história é precisamente sobre o desfasamento de realidades quando se vai viver para um país que não é o nosso. O que se aprende, o que se perde. As dificuldades, como se processa o dia-a-dia, como a pouco e pouco, eventualmente, nos vamos adaptando (habituando?) à nova realidade. Tudo isso tem custos, deixa marcas. Talvez por isso tenha gostado muito do livro, o qual li avidamente. Devido ao sentimento de pertença nessas questões. Países diferentes, culturas diferentes, contextos diferentes. Mas, no fundo, há questões completamente transversais nesta coisa de emigrar. Sempre com a esperança de uma vida melhor (o que quer que isso queira dizer).
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