A experiência londrina (com muito sono à mistura)


Há umas semanas atrás, em plena noite de semana (e depois de um dia de trabalho), embarquei com a colega de trabalho M. numa experiência que, no meu imaginário, considero muito londrina - concertos de bandas quase desconhecidas em bares esconsos algures na cidade. Esta primeira experiência levou-nos até Dalston, naquilo que pareceu uma viagem quase interminável de autocarro (ok, foram apenas 40 minutos, mas pareceu uma eternidade), para ver os londrinos Happyness, num concerto incluído na série dos NME Awards.
Foi engraçado. Primeiro comer/beber qualquer coisa no piso de cima do bar, normal, vista para a rua, para depois descer as escadas até à cave e entrar numa sala algo claustrofóbica, tectos baixos, muitos corpos alinhados, para ver os rapazes (jovens, muito jovens) tocar durante pouco mais de uma hora. Não conhecia (e ainda não conheço) muito bem a música deles. Ouvi umas duas músicas antes do concerto, e pareceu-me consideravelmente bem (daí a decisão de ir ao concerto). Mas o grande inimigo da noite foi, nitidamente, o cansaço. Podia ser um pouco melodramática e dizer que a idade já não permite a estes devaneios durante a semana de trabalho, mas acho que não é tanto a idade mas mais o cansaço acumulado durante os longos dias no laboratório. Assim quero acreditar.
A experiência foi uma boa experiência e funcionou quase como um desbloqueador - agora já tenho uma ideia melhor de como a cena musical por cá funciona. Por isso, será mais fácil de a aproveitar. London Calling.

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