Estas transições de ano civil são dadas a uma certa introspecção, aliadas a um exercício de resumo do que se passou no ano que entretanto terminou. Eu não sou excepção, até porque acredito que há benefícios nesse género de exercícios.
2014 foi um ano de pequenos nadas. Quase um oposto de 2013, ano recheado de emoções, boas e más. 2014 não teve (felizmente, por um lado) essa montanha-russa emocional. Foi o ano da continuidade - criaram-se hábitos nessa que é a minha condição de emigrante, consolidou-se o sentimento de não-pertença. Sem dramatismos. Acho que é condição sine qua non de viver num país que não é o nosso por nascimento ou educação. Aliás, essa é uma das pequenas conquistas de 2014 - ter encontrado, de alguma forma, a paz de perceber que é assim mesmo. O sentimento de desfasamento faz parte e não há que fazer disso um problema.
2014 foi um bom contra-ponto a 2013, mas ficou a sede de mais. Mais conquistas, mais viagens, mais concertos. Mais. E, talvez até, mais pessoas. Será que me vejo escrever mais socialização?... Terei descoberto o meu "animal-social" depois de todo este tempo?... Desconfio. Mas começo este novo ano (transições arbitrárias, bem sei, mas todos gostamos de limites/limitações imaginárias - não?) com uma energia boa. Aquela energia de querer fazer muito, mas aos pouquinhos. Identificando, primeiro, o que são essas coisas que gosto de e quero fazer. E dedicando-me também a elas. Porque somos mais nós quando fazemos aquilo de que gostamos.
Por isso, venha 2015. Peito aberto. Sem reservas.
E sim, há vários posts em atraso, pertencentes a 2014. Mas esses ficarão para a próxima.
1 comentário:
Penso que podemos considerar como positivo um ano de pequenos nadas. Mas, olha, acabei de ver na televisão as previsões astrológicas para 2015. E Leão estará bastante favorecido! Por isso, aproveita! Beijinhos e feliz 2015!
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