Decorreu, nos passados dias, a Festa do Cinema Francês. Habituei-me a "frequentá-la" quando ainda estava em Coimbra, mas sei que falhei as edições do último ano ou dois.
Este ano, por iniciativa da prima Carol, fui ver dois filmes - este Paris, do qual vos falarei aqui, e Promets-moi, o último filme de Emir Kusturica, do qual falarei no próximo post.
Paris é a mais recente obra de Cédric Klapisch, o mesmo que realizou A residência espanhola, que se tornou um ícone de toda a geração Erasmus. Conta, novamente, com Romain Duris, desta vez bastante mais magro, e Juliette Binoche, entre outros nomes bem conhecidos do cinema francês, mas que eu não sei.
Pierre (Romain Duris) é um bailarino que descobre que tem uma série doença cardíaca e que precisará de um transplante, que tanto o poderá curar como não. Elise (Juliette Binoche) é a sua irmã, solteira e com 3 filhos, que se muda para casa dele assim que sabe do problema do irmão. Pierre passa os seus dias a observar Paris da sua varanda, a inventar histórias para os personagens que se passeiam em frente aos seus olhos. É assim que ele escolhe viver perante a doença. E são essas histórias que nós vamos seguindo, ao longo do filme.
Há já muito tempo que não via cinema europeu (e tinha saudades!). Acusem-me de pseudo-intelectualismo, não me importo! Tinha saudades da profundidade deste tipo de cinema, do interesse pelas personagens, pela facilidade com que a história flui.
Gostei muito, muito. Porque é Paris. Porque Paris é maravilhosa. Porque Paris não é, aqui, a história principal. Mas dá-lhe cor.
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