Happy-Go-Lucky



Na passada sexta-feira fui, mais a cousine Carolina, ao cinema ver este filme, o último de Mike Leigh (o mesmo de Secrets and Lies e Vera Drake), de seu título, em inglês, Happy-Go-Lucky.
O filme conta a história de Poppy, uma professora primária de 30 anos, solteira, e contente com a vida. Vive a vida de peito aberto, sem ressentimentos. O que não é sempre bem visto pelas pessoas que a rodeiam... Seguimos o seu dia-a-dia, entre a relação com os alunos, as festas ao fim-de-semana com as amigas, e o seu mais recente projecto: ter aulas de condução.
Apesar de ser divulgado como um filme divertido e bem-disposto, a mim pareceu-me um bocadinho deprimente... Poppy, interpretada por Sally Hawkins de forma surpreendente, é uma personagem desconcertante. Às tantas, até um santo se irrita com tanta boa-disposição! Não parece natural, nos dias que correm... Deve ser o hábito de viver num mundo tendencialmente deprimido/depressivo.

Tontinhos...

É verdade, amiguinhos, fez um ano desde que comecei a "controlar" os tontinhos que visitam o meu blog... E, por imposição do sistema que uso, ao fim de cada ano todos os pontinhos do mapa são apagados e começam a ser contados de novo. Assim, deixo-vos aqui uma imagem do aspecto do mapa, antes dos pontinhos desaparecerem. Muito obrigada por todas as visitas.


Dotes de tia

Como a grande maioria de vocês já deve saber, vou ser tia dentro em breve. E ando a dar uso aos dotes (re)adquiridos, mais precisamente a bordar babetes em ponto de cruz!!!
Aqui ficam umas fotos da primeira "obra". E a segunda já está quase pronta.

É só entusiasmo! :)



Quem quer ser bilionário?



Já foi há pouco mais de uma semana que vi aquele que foi consagrado o grande vencedor dos Óscares deste ano - Slumdog Millionaire, o mais recente filme de Danny Boyle. Embora, ao início, não tenha prestado grande atenção, a história acabou por cativar-me. Um rapaz das favelas de Bombaim concorre à versão indiana do Quem Quer Ser Milionário e, quando está a prestes a alcançar o prémio máximo, há uma suspeita de que estará a fazer batota. E através de percebermos o que está por detrás de cada pergunta que o rapaz responde que se conta a história da sua vida e se percebe o que ele está a fazer no programa.
É um filme forte e que lida com uma realidade, a das favelas indianas, a que não estamos habituados. Houve uma grande polémica relativamente à veracidade do que é relatado no filme, mas, na minha opinião, o filme é muito bom. Não me parece que seja para qualquer estômago, mas é um grande filme.

Tindersticks no Coliseu dos Recreios



O concerto já aconteceu no passado dia 13 de Fevereiro, mas só agora deixo aqui algumas notas sobre o evento. Há cerca de 4 ou 5 anos vi-os no Coliseu do Porto, e adorei...
Desta vez, as circunstâncias eram algo diferentes: houve um certo clima de romance, como que numa antecipação do Dia dos Namorados. E os Tindersticks são uma boa inspiração ao tema... ;)
O concerto não desiludiu. Músicos eficazes, atmosfera lânguida, com Stuart Staples a liderar as hostes. A primeira parte do concerto foi, essencialmente, dedicada ao último álbum (que não conheço) - apesar de não conhecer, foi agradável, porque a música deles tem um estilo que se reconhece, mesmo não conhecendo. Depois, vieram as músicas mais antigas e conhecidas. E, com elas, o êxtase do público! Trintão, mas a provar que ainda está ali para as curvas. O concerto, em si, durou cerca de uma hora e meia, mas depois ainda vieram dois encores, para fazer as delícias dos fãs.
Para mim, o momento alto foi quando tocaram "Her". De tirar o fôlego.

O Leitor



Mais uma vez, o silêncio tem sido uma constante... As minhas mais sinceras desculpas.
As idas ao cinema têm sido frequentes, e este "O Leitor" foi um dos filmes favoritos. A história está bem contada, de forma fluída e sem enveredar por fáceis juízos de valor - e tendo em conta que se fala da Segunda Guerra Mundial, não é coisa fácil.
Vamos então à história. Kate Winslet desempenha o papel de uma mulher de trinta e alguns anos, revisora nos eléctricos de Berlim. Por obra do acaso, envolve-se com um adolescente, que se torna o "seu" leitor. A relação entre ambos vai girar muito em volta da leitura... Entretanto, perdem o rasto um do outro. O rapaz cresce, e vai reencontrar esta misteriosa mulher em circunstâncias muito peculiares.
Kate Winslet tem uma prestação fantástica. E podem confiar, eu até nem gosto assim tanto dela, mas depois deste filme, fiquei com outro respeito.
Não vou alongar-me muito com pormenores porque suponho que haja pessoas que ainda não viram o filme. Mas, meus amigos, vale mesmo a pena. Emocionante.

Barbosa, a Chungosa!

A Rita Cavaleiro, mestre dos vídeos, compilou fotografias e afins da minha estadia, até agora, na UIC, e fez este vídeo tão bonito.

Obrigada, Rita.

Madrugada - Majesty

Adoro esta música. Aliás, Madrugada é uma banda que eu gosto bastante. Já há bastante tempo que não falava sobre música aqui, e hoje acordei com uma nostalgia em relação a esta e outras músicas que ouvia durante os primeiros anos da faculdade (como os Sparklehorse). Tudo bandas que me foram dadas a conhecer pela Maria (muito obrigada!).
Já agora, fica também a letra.
Disfrutem.

"Madrugada - Majesty

So am I
Good or bad
The way that things did turn out
I did only make you sad

And we cried and we cried
On the phone
Oh, but in my mind
You were never that all alone

Oh, you were majesty
Your roads were heavy
And your longing was cut from bone

So am I
Am I good or bad
Could only awake your anger
I could only make you mad
Now was that how you showed me
That you were still so young and bold
Anyway those fights did drive me
And I was dying of thirst and I wasn't growing old

Oh, you were majesty
Your ropes were heavy
And your roads were very cold
Oh, oh, oh, majesty

But in my mind
I could still climb inside your bed
And I could be victorious
Still the only man to pass through the glorious arch of your head, o-oh

Oh, you were majesty
Your ropes were heavy
And your cheeks were very red

Oh, you were majesty
Now it's like I said
That spirit, it's now dead

Oh, oh, oh, majesty"

Continuo a achar que o vocalista tem uma cara que não condiz com a sua voz... Mas são ambas bem jeitosinhas!!!;)

Revolutionay Road



Para finalizar o fim-de-semana cinéfilo, domingo fomos ver o mais recente filme de Sam Mendes, Revolutionay Road (sem tradução possível para Português). O filme consegue o feito de juntar novamente Kate Winslet e Leonardo DiCaprio, 11 anos depois de Titanic...!
Por um lado, é um filme parecido com "American Beauty" - famílias de subúrbios, a acomodação que resulta do passar dos anos, vidas que parecem perder o seu significado... No fundo, a procura de algo maior para a vida, um significado. É isso que acontece com Frank e April Wheeler, um casal no início dos seus trintas, com dois filhos, cuja vida parece ter seguido no sentido oposto aquele que eles desejavam. O desejo de dar uma volta à situação vai criar no casal um desequilíbrio tão grande, que as consequências são imprevisíveis.
Leonardo DiCaprio continua no seu bom caminho - desde há uns anos para cá que o rapaz me tem surpreendido bastante, pela positiva. Apesar de não ser completamente convincente no papel de pai de família - aquele cara de imberbe continua a não ajudar. Kate Winslet também está muito bem, embora seja uma actriz que me é algo indiferente.
Resumindo e baralhando: gostei. E muito.

Vicky Cristina Barcelona



Naquilo que foi um fim-de-semana cheio de cinema, houve oportunidade de ver o mais recente filme de Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona. O título deve-se, em parte, ao nome das protagonistas (as amigas norte-americanas Vicky e Cristina), e ao local onde a acção do filme se desenrola: Barcelona. E, sábado à tarde, lá fomos nós.
A sessão foi um terror, com dezenas de adolescentes tipicamente cascarenhos (leia-se betinhos), muito mal-educados, que não se abstiveram de fazer comentários durante todo o filme. Uma dor de cabeça. Mas falemos antes do filme.
É um típico filme de Woody Allen, se tirarmos o facto de ter sido filmado em Barcelona (mais correctamente, em Espanha, porque também passa por outros sítios). Personagens altamente disfuncionais, mas muito divertidas, o sentido de humor em alta! É engraçado como conseguimos arranjar quase sempre um ponto em comum com as personagens, com qualquer uma delas... Eu revi-me bastante (para mal dos meus pecados!) na "insatisfação crónica" da personagem de Scarlett Johansson... Defeito ou feitio?
Para quem aprecia filmes do Woody Allen (como eu), vale muito a pena, até porque a atmosfera é diferente e refrescante. Para quem gosta de filmes sobre pessoas, com suas qualidades e defeitos, também.
Pena é que a cidade de Barcelona, sendo uma cidade linda e excitante, seja tão pobremente explorada... Pelo menos, para quem conhece, fica uma sensação de que se podia ter feito mais.