Jantar dos Primos (JPLA)

No passado dia 24 de Janeiro, por sinal uma quinta-feira (apesar de não ser a primeira do mês, como havia sido originalmente combinado), os primos (JPLA = Jovens Primos em Lisboa e Arredores) finalmente encontraram-se para jantar! Diga-se que este almejado jantar andava a ser combinado desde Setembro (!), altura em que vim para a capital e me juntei ao grupo. Quatro modestos meses foi o necessário para que se encontrasse uma data... Esperemos que entretanto a coisa corra mais facilmente.

Mas passemos à ordem do dia.
Estava combinado (também há já algum tempo) que o jantar seria num restaurante goês. A Carolina sugeriu que fossemos a um no Martim Moniz, de seu nome "Tentações de Goa", que tem boa fama. O nome é sugestivo... :) Já a zona em que está inserido, de boa fama tem muito pouco!!!
Combinei com a Carolina que nos encontraríamos antes, na baixa. Acabou por apenas dar para passearmos um bocadinho pela zona do Rossio, aproveitando para pôr (alguma) conversa em dia. No entanto, este aparentemente anódino passeio teve consequências inesperadas: ao regressarmos ao Rossio, um senhor estendido no meio da estrada, duas pessoas a fazer reanimação. A prima Carol, médica de formação, foi ajudar na situação e eu lá fiquei, completamente atarantada, a ver o aparato. A reanimação estendeu-se, naquele mesmo local, durante cerca de uma hora e, como tal, houve atraso para o jantar. E quando chegámos ao restaurante ainda estávamos um pouco abaladas...
Apesar dos contratempos, foi um jantar animado! O restaurante é pequenino e, algo consequentemente, intimista. Quase que nos sentíamos os únicos lá!


Decoração do restaurante


Decoração do restaurante

Na escolha dos pratos, houve pessoas bastante corajosas, como a Sara, que pediu um Vindalho de Porco - um dos pratos mais picantes!!! Outras pessoas, como eu e a Joana, mais contidas, escolhemos pratos um pouco mais amenos, para não suscitar a ira dos nossos frágeis aparelhos digestivos. Eu optei por um Caril de Frango à Goês e a Joana, assim como o Pedro, pediu Byriani de Frango. A Carol escolheu o Caril de Gambas, o Vasco Caril de Caranguejo, a Cristina Xacuti de Cabrito e o Rui, audaz, pediu Ambo-tic de Cação - ena, ena! Nas fotografias seguintes, temos uma amostra do aspecto (e sabor) maravilhoso dos pratos:


Arroz Basmati e Xacuti de Cabrito


Caril de Gambas

O jantar decorreu em amena cavaqueira, como se costuma dizer, com muita conversa. O Pedro e a Cristina falaram da sua programada viagem ao Botswana, em Maio, com a qual estão muito entusiasmados - pudera!


A chegada da comida


Boa disposição dos primos

Depois das sobremesas (toda a gente escolheu Bebinka, com excepção da Sara, que pediu Jelaby), todas muito boas, estivemos a admirar o novo gadget da Cristina: um fantabulástico i-Touch! Uma pequena maravilha, sem dúvida.


i-Touch


Os olhares de admiração!

O outro lado da mesa...

O espanto colectivo

No fim, despedimo-nos com a promessa que agora é que é, vamos conseguir combinar jantar juntos uma vez por mês e que o próximo seria já no dia 7 de Fevereiro - 15 dias depois! E que, prometidíssimo, teremos o Bino no próximo jantar.
Assim é que é. Até lá.

O Sonho de Cassandra



Quarta-feira foi dia de cinema. Já na terça tínhamos pensado ir, mas chegámos todos a casa demasiado tarde para o que quer que fosse...
Então, no dia seguinte, foi chegar a casa e seguir logo para o Cascaishopping, o nosso local habitual de cinefilia (enfim...).
As opções não eram muitas e, de qualquer forma, já estava mais ou menos decidido que iríamos ver o novo filme do Woody Allen, O Sonho de Cassandra. Já tinha ouvido que o filme não era nada de especial, mas mesmo assim estava curiosa, afinal não é todos os dias que se pode ver o Ewan McGregor em grande plano... ;)
Realmente, não é, de todo, o melhor filme de Allen, nem sequer anda lá perto. Às tantas, até nem sequer é um filme típico dele - tem tantas cenas de natureza que realmente fica-se na dúvida. No entanto, em termos de argumento, há o toque do senhor - altamente focado na complexidade das relações inter-pessoais, neste caso, entre dois irmãos. Acreditar que Ewan McGregor e Colin Farrell são irmãos não é fácil... Mas há tantos casos de irmãos/irmãs que não se parecem entre si que não se pode estar a contar com isso! (Aliás, olhem para mim e para a minha irmã...)
As interpretações masculinas são bastante boas, com especial ênfase para a de Colin Farrell. Admito que fiquei agradavelmente surpreendida, porque não gosto mesmo nada do rapaz... Mas, neste caso, tenho que dar a mão à palmatória, porque ele está fantástico na sua instabilidade emocional. Que contrasta com a desfaçatez total da personagem de Ewan McGregor. Mas esse já não é a primeira vez que faz papéis assim. Há que referir que o rapaz voltou a uma muito agradável forma física... Um consolo visual.
E, pronto, c'est ça. Mais não digo, senão nem vale a pena irem ver o filme. Se vale a pena ou não, acho que é uma decisão muito pessoal. Fica ao vosso critério.

Desventuras @ Parque de Estacionamento do Hospital Santa Maria

Bem, esta semana tem sido pródiga em acontecimentos dignos de figurar neste blog, mas o tempo para escrever tem sido realmente pouco, e com o computador "morto" há mais de 3 semanas ainda mais difícil se torna. Por isso, tenho que começar, senão as coisas vão acumulando-se!

Na passada 2ªfeira trouxe o carro para Lisboa, uma vez que tinha trabalho marcado (que ia render para tarde) e tinha que levar o Rui a Santa Apolónia. Tudo bem até lá, apesar de quase não termos conseguido chegar a tempo! Depois de o deixar, um instante até ao Hospital, tudo a correr bem. Mas sabia eu o que me esperava lá dentro: o caos total!!! O meu cartão da Faculdade não funcionou para abrir a cancela do parque de estacionamento do nosso edifício e, à conta disso, tive que ir de encontro às feras e tentar a minha sorte no meio da lama que rodeia o hospital. Óptimo. Andei 45 minutos nestas andanças, já a desesperar, metida por caminhos por onde depois quase não conseguia sair... Finalmente, lá deixei o carro, estacionado atrás de outro, num local que me pareceu relativamente inócuo, não estando a tapar a passagem a ninguém.

Mas não pensem que o pior ficou por aqui!

Depois de quase 12 horas no laboratório num trabalho cansativo, saí às 21h para ir para casa. Por sorte, estava uma colega comigo e fomos juntas até ao carro. Quando reparo, tenho os limpa-pára-brisas levantados, o que me deixou de imediato com a "pulga atrás da orelha". Dou a volta ao carro, a inspeccionar, e o pior tinha acontecido: um pneu em baixo, no meio de um descampado sem qualquer iluminação - o sonho de qualquer um, principalmente aquela hora!!!
Lá pusemos mãos à obra, as duas miúdas, para mudar o pneu. Não foi complicado, mas ainda demorou o seu tempito e deu para sujar bem as mãos (quem me manda não lavar as jantes do carro???).

Cheguei a casa às 22h30, completamente arrasada.
Só penso como teria sido se não estivesse lá a minha colega... bem que tinha deixado o carro e tinha apanhado o metro!

Ç'a suffit!

Expiação / Atonement II



Apesar da esperança de ler o livro antes de ver o filme, não deu! Ainda tentei, mas o máximo que consegui ler até ao dia marcado com o pessoal para vermos o filme foi umas míseras 60 páginas... Os meus dotes de leitura já foram melhores.

Então, no domingo lá fomos nós. Inicialmente, estava previsto que nos encontrássemos no Bairro Alto para lanchar uns scones num lugar recomendado pela Rita T., mas nós atrasamo-nos e só deu mesmo para a sessão de cinema, no Monumental.
Quando chegámos, já estavam todos à nossa espera - mas a Rita Chevalier ainda não tinha chegado!!! Menos mal. :)

O grupo todo conseguiu ocupar praticamente uma das filas do cineteatro, por isso ficámos um pouco separados uns dos outros e não deu para haver grande interacção durante o filme.
A primeira coisa que sobressai no filme é a música: piano acompanhado por o barulho das teclas de uma máquina de escrever antiga. Simplesmente brilhante. (E para quando a minha própria máquina de escrever???...) Depois, começa a acção. Um primeiro desagrado ao ver como a única parte do livro que eu tinha lido havia sido transposta para o grande ecrã. E, depois, uma sensação permanente que falta algo, que se estão a esquecer de alguma coisa.
Em geral, é um bom filme, mas realmente não me tocou por aí além. Não sei se é um problema da adaptação cinematográfica ou se é mesmo a história em si.

É esperar para ver se a leitura confirma ou desmente.

P.S. - O James McAvoy é muito fofinho! (Rita T dixit e eu confirmo!)

Rabih Abou-Khalil e Joachim Kühn Trio


Ontem, serão de 19 de Janeiro, viu acontecer aquele que foi o meu primeiro concerto do ano de 2008. Os bilhetes já estavam comprados há muito e a expectativa era grande, embora não conhecesse os "senhores". A iniciativa de ir a concerto fui do Rui e lá fomos os dois, estreantes nas lides da Culturgest, rumo a Lisboa e ao Campo Pequeno.
Rabih Abou-Khalil é um tocador de oud, um instrumento árabe semelhante ao alaúde, originário de Beirute, Líbano. Vem acompanhado de Joachim Kühn, pianista alemão que também toca saxofone, e de Jarrod Cagwin, baterista norte-americano. Juntos constituem o Rabih Abou-Khalil e Joachim Kühn Trio (designação algo estranha - trio de duas pessoas...).
Primeiro: o espaço da Culturgest - no mínimo, grandioso. O edifício, visto de fora, parece algo megalómano. Poder-se-ia dizer que a construção já data de há alguns séculos atrás, de tão imponente que é. Mas não. É mesmo recente. Lá dentro, continua o luxo - grandes átrios, com alcatifas vermelhas, sofás confortáveis, ambiente requintado... Que estávamos nós ali a fazer???
Ao entrarmos no Grande Auditório, uma boa surpresa: os lugares eram muito bons, mesmo em frente em palco e a uma distância muito boa!
Quando o concerto começou, fiquei algo apreensiva. Uma panóplia de sons, algo disconexa, fez recear o rumo que aquilo ia tomar! Mas não, após o primeiro instante, uma construção jazzista entrou em movimento, com momentos rítmicos muito pujantes. Joachim Kühn é o típico pianista, algo tresloucado, com rasgos de genialidade que nos põem em suspenso. E Rabih Abou-Khalil é um verdadeira mestre das cordas! Imaginem que momentos houve em que o ritmo tocado era tão rápido que nem sequer se conseguia ter percepção do movimento da sua mão, mas apenas um arrastado. O senhor é, também, muito simpático e bem humorado. E fala português, vejam lá! Fartou-se conversar e fazer piadas, construindo um ambiente muito bem disposto.
Apesar do cansaço acumulado pela semana, que me fez fechar os olhos por diversas situações (em introspecção, claro!), foi um concerto muito bom, diferente, refrescante.
Fica a vontade de voltar.

Jeff Buckley

Ver/ouvir músicas do Jeff Buckley põe-me numa disposição nostálgica... Que saudades dos meus 16 anos! Foi nesse aniversário que recebi (como prendas) os meus primeiros CDs dele (Sketches for My Sweetheart the Drunk e o cd-single de Everybody Here Wants You).



Para vos "aguçar" o apetite, deixo-vos com a letra de uma das minhas músicas favoritas: "Lover, You Should've Come Over", do álbum Grace, o único editado antes dele morrer.

Looking out the door
I see the rain fall upon the funeral mourners
Parading in a wake of sad relations
As their shoes fill up with water

Maybe I'm too young
To keep good love from going wrong
But tonight, you're on my mind so
You never know

Broken down and hungry for your love
With no way to feed it
Where are you tonight?
Child, you know how much I need it.
Too young to hold on
And too old to just break free and run

Sometimes a man gets carried away,
When he feels like he should be having his fun
Much too blind to see the damage he's done
Sometimes a man must awake to find that, really,
He has no-one...

So I'll wait for you...
And I'll burn
Will I ever see your sweet return?
Oh, will I ever learn?
Oh, Lover, you should've come over
Cause it's not too late.

Lonely is the room the bed is made
The open window lets the rain in
Burning in the corner is the only one
Who dreams he had you with him
My body turns and yearns for a sleep
That won't ever come
It's never over,
My kingdom for a kiss upon her shoulder
It's never over,all my riches for her smiles when I slept so soft against her...
It's never over,
All my blood for the sweetness of her laughter...
It's never over,
She's a tear that hangs inside my soul forever...

But maybe I'm just too young to keep good love
From going wrong
Oh... lover you should've come over...

Yes, and I feel too young to hold on
I'm much too old to break free and run
Too deaf, dumb, and blind
To see the damage I've done
Sweet lover, you should've come over
Oh, love, well I'll wait for you
Lover, you should've come over'
Cause it's not too late.

Expiação / Atonement

Finalmente, um livro interessante para ler!
Tenho andado muito preguiçosa no que diz respeito a leitura e, por isso, a precisar de livros bastante estimulantes para fazer face a essa preguiça.
Acho que hoje, finalmente, poderei alterar isso: o Russell emprestou-me o Atonement, do Ian Mcewan, autor que eu muito aprecio. E com o filme aí a chegar (já amanhã), é ainda mais motivador - a ver vamos se leio rápido para depois ir ver ao cinema.
Depois eu conto-vos. :)


Nothing Really Ends - dEUS

Acordei com esta música na cabeça. Porque será?...

"The plan it wasn't much of a plan
I just started walking
I had enough of this old town
had nothing else to do
It was one of those nights
you wonder how nobody died
we started talking
You didn't come here to have fun
you said: "well I just came for you"

But do you still love me?
do you feel the same
Do I have a chance
of doing that old dance
with someone I've been
pushing away

And touch we touched the soul
the very soul, the soul of what we were then
With the old schemes of shattered dreams
lying on the floor
You looked at me
no more than sympathy
my lies you have heard them
My stories you have laughed with
my clothes you have torn

And do you still love me?
do you feel the same
And do I have a chance
of doing that old dance again
Is it too late for some of that romance again
Let's go away, we'll never have the chance again

You lost that feeling
You want it again
More than I'm feeling
you'll never get
You've had a go at
all that you know
You lost that feeling
so come down and show

Don't say goodbye
let accusations fly
like in that movie
You know the one where Martin Sheen
waves his arm to the girl on the street
I once told a friend
that nothing really ends
no one can prove it
So I'm asking you now
could it possibly be
that you still love me?
And do you feel the same
Do I have a chance
of doing that old dance again
Is it too late for some of that romance again
Let's go away, we'll never have the chance again

I take it all from you
I take it all from you
I take it all from you
I take it all from you

I take it all from you
I take it all from you"

Pensamento do fim-de-semana

Bem que podia ser pensamento do dia, mas está mais de acordo com o fim-de-semana...
"De tanto bater, o meu coração parou."

Jogos de Poder (Charlie Wilson's War)



Ontem foi dia (melhor dizendo, noite) de cinema. Lá fomos nós, os 3 estarolas do costume, em romaria ao Cascaishopping para ver um filmezito!
Para não variar, as verdadeiras hipóteses de escolha não eram muitas (há que convir que a Lusomundo não é propriamente a distribuidora com filmes mais interessantes...) - as que nos agradaram foram "Jogos de Poder" e "O Assassínio de Jesse James Pelo Cobarde Robert Ford". Como este último era muito cedo e não nos deixava tempo para jantar, optámos por "Jogos de Poder".
A descrição do filme era interessante e as prestações dos actores (3 consagradíssimos, por sinal) punham a expectativa alta. O argumentos, com a promessa de ser baseado em factos verídicos, é algo bizarro: como Charles Wilson, congressista americano, desenvolve uma estratégia de apoiar o povo afegão aquando da ocupação daquele país pela ex-União Soviética - e essa estratégia é tudo menos ortodoxa!!!
Gostei do filme, tem partes divertidas, os actores estão muito bem (a minha preferência vai para o Philip Seymour Hoffman, como já era esperado), com caracterizações muito boas. Quanto à história, é difícil de acreditar na sua veracidade. Mas se eles garantem... :)

Prendas de Natal

Não, não vou fazer uma enumeração das prendas que tive neste Natal. Refiro-me, antes, às "minhas" prendas, aquelas que ofereci a mim mesma.
A promessa já havia ficado antes, mas só hoje, no regresso ao laboratório, tive direito a "recebê-las" (vindas directamente de Inglaterra, por intermédio do meu colega de laboratório, o Russell). E a emoção foi muita!
Finalmente, abri a boxset dos Radiohead, que inclui os seus 7 álbuns editados pela Parlophone (editada como retaliação pela saída da banda da editora) - é muito bonita, um verdadeiro mimo. E ouvir, de novo, após tanto tempo de ausência, o OK Computer, foi um momento especial...
Também comprei umas compilações de world music, organizadas pela BBC3, que prometem ser fantásticas - recomendo vivamente.
E aqui acaba este apontamento musical!
"It's gonna be a glorious day/ I feel my luck could change"

De regresso... bom 2008

Pois é, a ausência foi prolongada. Depois das festas, algo atribuladas, estou de regresso à capital e à escrita neste blog. Peço desculpa pelo silêncio instalado, mas tanto a vontade como a disponibilidade para a escrita têm sido poucas. Espero que tenham entrado em 2008 com tudo (pé direito, pé esquerdo e demais membros) e que este novo ano seja realmente melhor... Adeus, 2007, ano ruim!!!
Um óptimo ano novo a todos.