The Redeemer - Jo Nesbo

Mais uma "aventura" de Harry Hole que acabo de ler. Parece que ando a ler ao contrário, porque agora saltei para o 4º volume da série (depois de ter lido o 5º e o 6º).
O estilo mantém-se, se bem que, neste caso, a história é um pouco diferente porque não envolve nenhum serial killer. O que acaba por ser, na minha opinião, mais interessante (em termos de credibilidade de narrativa). 
Acaba por ser engraçado ler os livros fora de ordem. Como vos disse, as histórias são auto-contidas, embora haja sempre pormenores com sentido temporal. Por isso, há desfechos que se antevêem, mas não creio que a leitura perca interesse por isso. O estilo de escrita teve uma evolução ao longo das histórias, pelo que a leitura desencontrada permite ao leitor aperceber-se disso, quando de outra forma seria difícil. 
Os mistérios de Harry Hole são electrizantes como sempre. Para quem gosta do estilo thriller policial, continua a valer muita a pena. E o resto, só lendo. Porque, senão, perde a piada.

Para a minha irmã grande

o bolo dos anos
Uma nota pequenina para deixar um grande beijinho de parabéns à minha irmã, que faz hoje 34 anos.


Que sejas muito feliz.


:)

Exposições em Lisboa










O fim das férias trouxe consigo o regresso à capital e ao ram-ram da vida dita normal. E uma das coisas boas que tem viver na zona de Lisboa é ter acesso à "fervilhante" vida cultural da cidade. Assim sendo, na última semana visitei duas exposições das quais gostei muito.
A primeira, Game On, patente no Museu de Arte Popular, é descrita como "a maior exposição de videojogos do mundo". Não sei se é verdade, mas que é muito divertida, é. É contada a história dos videojogos, desde os seus primórdios, mostrando a sua evolução ao longo dos tempos e as diferentes modalidades existentes hoje em dia. Mas o que é mais interessante é que a exposição tem uma forte componente interactiva e, portanto, é possível experimentar praticamente qualquer jogo em exibição! Foi um verdadeiro regresso ao passado poder jogar Space Invaders, Pacman ou Doom. E esse é o trunfo desta exposição, que tem tudo para cativar miúdos mas, especialmente, graúdos saudosistas.
A segunda exposição foi a (já) habitual World Press Photo (que falhei no ano passado), em exibição no belo Museu da Electricidade. Gosto muito de ver os destaques fotográficos do ano, que desta vez têm muito a ver com a denominada "Primavera Árabe". Mas a parte que normalmente prefiro é aquela que se refere a histórias do quotidiano (não sei bem como se chama a categoria), porque aí sim se vê a capacidade do artista (fotógrafo) enquanto contador de histórias através da sua lente.


Duas boas razões para sair de casa. Game On estará patente até 15 de Julho, enquanto a World Press Photo fica apenas até dia 20 de Maio.
Aproveitem.

Duas semanas na ilha

Metade do mês de Abril foi passado fora de portas. Primeiro, uma semana de trabalho. Mas depois, houve direito a férias e muito passeio!!! A Sardenha é uma ilha muito bonita e interessante, há de tudo um pouco: mar azul (a rodos), comida fantástica (como dá para comprovar pelas fotografias), cidades encantadoras, pessoas simpáticas, natureza especial. Foi uma bela semana a passear pela ilha, ao volante de um Fiat 500, quais Bond girls, cheias de estilo!

Fica uma pequena amostra, através desta visão fotográfica.















                                             



Bosa multicolor e a nossa machina





The Snowman + The Leopard - Jo Nesbo























Já se passou bastante tempo desde que "entrei" na leitura dos livros do norueguês Jo Nesbo sobre as desventuras do detective Harry Hole. Aliás, já li dois volumes e encontro-me neste momento a ler o terceiro! Mas falta de oportunidade fez com que ainda não tivesse escrito sobre eles aqui.
Comecei por ler The Snowman, o quinto volume da série. Embora haja algumas referências a acontecimentos passados, os livros são bastante auto-contidos, pelo que é possível ler qualquer um deles de forma independente. Assim, comecei por aquele que me foi oferecido, e que também é o mais famoso (segundo me disseram). De seguida, encomendei mais dois volumes pela Amazon e li o sexto livro, The Leopard! Em ambos os casos (como, provavelmente, em toda a série), Harry Hole vê-se a braços com múltiplos assassínios, perpetrados por um mesmo assassino... Estamos a falar de thrillers onde o suspense é, nitidamente, rei! Os livros estão muito bem escritos (embora, à terceira, já se consiga perceber um certo modus operandi), o mistério é mantido até bem perto do fim (normalmente) e estes livros são, portanto, uma verdadeira maravilha para quem gosta do estilo mistério policial. Eu, pessoalmente, adoro.
As comparações a Stieg Larsson somam-se. Não acho que os estilos sejam muito semelhantes, para dizer a verdade. Nesbo tem uma forma característica de incluir referências culturais, musicais e não só, o que torna a sua contextualização bastante diferente da de Larsson. E, pelo menos nesta série, temos nitidamente um (anti-)herói, alguém que carrega nas costas todo o peso destas histórias. Por isso, acho que o paralelismo com Larsson se esgota na categoria literária em que ambos se incluem, e no facto de serem ambos autores escandinavos. Não que um seja melhor do que o outro. Gosto muito de ambos. Mas este (Nesbo), pelo menos, ainda está vivo e disponível para continuar a dar-nos (boas) aventuras do lobo solitário Harry Hole.