Guia para um Final Feliz

O regresso a Lisboa trouxe igualmente o regresso às "saudosas" sessões de cinema. Para uma bela tarde de fim-de-semana, o filme escolhido foi um dos candidatos aos Óscares, este "Guia para um final feliz". Claro que houve desconfiança, tanto em relação ao título (e ao que ele implica) como ao facto de Bradley Cooper, conhecido de filmes como "A Ressaca", ser o actor principal (e estar nomeado para o Óscar de Melhor Actor...). Desconfianças à parte, estamos a falar de uma sessão de cinema de tarde de fim-de-semana.... Mesmo que daqui saísse uma comédia romântica, tudo ficaria bem na mesma.
Digamos que não é exactamente o caso, ou pelo menos não o é a primeira (ou mais) metade do filme. Pat é bipolar e saiu recentemente de uma instituição mental, regressando a casa dos pais, onde tenta reconstruir a vida que tinha antes de ser internado (reconquistar a mulher, o emprego, reencontrar os amigos). É neste período de reajustamento que conhece Tifanny, uma jovem mulher que perdeu recentemente o marido e que luta por fazer adequadamente o seu luto. A relação entre os dois será tudo menos trivial, proporcionando momentos de humor deliciosos. Mas será precisamente esta relação entre eles que permitirá a cada um encontrar o seu lugar na sociedade, o seu "quê" de normalidade dentro da anormalidade que todos partilhamos... Portanto, a primeira parte, em que lidamos com o comportamento desfasado de ambos, é muito boa e interessante. Depois, a partir de determinada altura, sabemos que o filme tem que se encaminhar para o dito final feliz, por isso é só uma questão de como lá vai chegar... Nesse prisma, o filme torna-se completamente previsível (se bem que continuo com a minha opinião que não há nada de mal em finais previsíveis). 
Pessoalmente, gostei do filme. É um filme de esperança, por assim dizer. Li outro dia uma crítica a este filme que exemplifica um pouco a minha opinião. E que diz "Os truques, as rotinas, os “slogans” que Pat encontra para se motivar e para se manter focado, os objectivos que procura atingir, a maneira como quer controlar as suas características negativas deviam ser uma inspiração para todos numa fase em que sentimos que as coisas estão tão mal que ter uma chance de um final feliz, já é muita sorte." (Leonor Capela, P3, Público)

2 comentários:

Anónimo disse...

tenho as minhas reservas em relação ao filme, não gostei do trailer, mas pode ser que as tuas palavras me aliciem a ver.


beijinhos chica,
Ana Rita

irRita disse...

Acho que vale a pena, mesmo que não seja no cinema...

Beijinhos!