Partir



Regresso ao cinema, para ver este "Partir", que estava na calha basicamente desde a sua estreia. A história não é muito complicada. Suzanne e Samuel são um casal, ela inglesa, ele francês. Vivem em Nîmes, no sul de França (saudades...), têm dois filhos adolescentes. Ele é médico, ela é fisioterapeuta, mas deixou a profissão com o casamento. Banal, portanto. Suzanne decide retomar a sua actividade e, para tal, fazem obras num anexo da casa, que irá dar lugar ao consultório. Ivan, catalão, é o trolha encarregue da obra. E tudo desmorona quando Suzanne e Ivan se apaixonam. Ainda assim, a história continua sem grande novidade.
Então, o que tem de interessante este filme? (na minha opinião pessoal, está bom de ver...)
Primeiro, a paixão entre Suzanne e Ivan é uma coisa física. Ardente e incontrolável, é certo, mas parece não passar do primeiro patamar. Não obstante, juntos, mas principalmente ela, irão enfrentar tudo, desde as recriminações sociais até às dificuldades económicas.
Este tipo de relação coloca-me sérias reservas. Assim, é um filme para reflectir. Até sobre o que se quer da vida. Sobre a forma como nos relacionamos com os outros. Sobre o que significa VIVER.

Às tantas, ainda acho que era assim que o filme se deveria chamar...




Duas pequenas notas:

1 - é engraçado ver os dois protagonistas a falar francês, quando nenhum dos dois o é.

2 - há um pequeno diálogo, completamente secundário, em que é possível ouvir o sotaque do sul de França - lindo!

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