Humpday



Graças à prima Joana, eu e a Carol fomos ver a ante-estreia deste "Humpday - Deu para o torto". Já há muito tempo que não havia bilhetes à borla, estava com saudades!
Apesar de tudo, estavamos um pouco apreensivas, porque a sinopse do filme deixava um bocadinho a desejar: dois melhores amigos da faculdade encontram-se passado vários anos, sendo que trilharam caminhos muito diferentes; um casou e comprou uma casa, o outro é um artista que percorre o mundo em busca de aventuras. Numa noite de copos para festejar o reencontro, têm uma ideia fantástica: fazer um filme pornográfico com dois homens heterossexuais a ter relações um com outro, neste caso eles os dois. E fazem desta ideia um porta-estandarte do ideal artístico...
Como será óbvio, tal decisão acarreta um conjunto de situações muito divertidas, em que os dois homens se sentem, basicamente, em despique - quem é macho mais macho e que vai levar a ideia até ao fim?...
Embora a história seja, aparentemente, meia palerma, o filme é bastante divertido, e de uma forma inteligente. E, na minha opinião, acaba por ser também uma crítica social ao fenómeno que vivemos hoje em dia, em que qualquer coisa pode ser denominada de arte, desde que haja alguém a acreditar nisso... E que nós, comuns mortais, que não temos propriamente queda artística, não somos piores pessoas por isso, nem temos menos interesse ou profundidade.

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