Sessão de cinema pós cerimónia dos Oscares, não poderia trazer outro filme que não o vencedor, este "O Discurso do Rei", de Tom Hooper. O filme, que deu igualmente o Oscar de Melhor Actor a Colin Firth, conta a história do rei George VI e da relação que estabelece com Lionel Logue, um terapeuta da fala australiano, a quem recorre para ultrapassar a sua gaguez. A história centra-se no período da década de 1930, com a morte do rei George V, o problema da sua sucessão (George VI sobe ao trono após a abdicação do seu irmão, Edward), e a iminente II Guerra Mundial. Para além dos desafios políticos, o rei enfrenta o seu maior desafio, esse pessoal - o de ultrapassar o seu problema de fala.
Se, por um lado, é um filme clássico e tipicamente orientado para os Oscares, por outro lado não deixa de ser um filme muito bem feito e bonito. As interpretações são soberbas (tanto de Colin Firth, como de Geoffrey Rush e de Helena Bonham-Carter, como Rainha-Mãe, essa personagem tão acarinhada), há pormenores de realização fantásticos (enquadramentos, fotografia, etc.) e a luz dos planos exteriores... linda. Há uma cena em particular que adorei, filmada nos jardins de St. James, junto ao Palácio de Buckingham (se não me engano), em que a luz é tão difusa que os planos mais parecem pinturas.
Por isso, é um belo filme. Dá gosto ver. Mesmo que seja um clássico. Mas não há nada de mal nisso, não é?...
2 comentários:
Também achei este um belo filme. E com uma banda sonora muito bonita. Foi muito bem escolhida a Sinfonia Nº 7 de Beethoven durante o discurso final.
Mas lamento que o Geoffrey Rush não tivesse conseguido o Oscar por este filme.
Apesar de ter gostado bastante de "O Discurso do Rei", tenho pena que o Oscar para o melhor filme não tivesse ido para o "Cisne Negro".
Pois, mas são filmes muito diferentes. E a Academia tem tendência a ser mais conservadora nas suas escolhas... O que interessa é que haja bons filmes para vermos!
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