A perspectiva das coisas - a Natureza-Morta na Europa (1840-1955) (exposição no Museu Calouste Gulbenkian)

Após uns 4 meses a tencionar ir ver esta exposição, devo dizer que tal só aconteceu no último fim-de-semana em que esteve patente. Muito portuguesa, esta minha atitude.
Por um lado, foi bom, porque a entrada foi gratuita. Mas acho que a quantidade de gente que andava por lá (e toda a entropia daí derivada) talvez não tenha compensado o não pagar entrada. Um exposição de pintura é algo que exige uma certa concentração, um estado de espírito compatível à reflexão. E com tanta gente a andar de um lado para o outro, mas também "plantada" em frente aos quadros, tornou-se um bocado difícil, para não dizer impossível, entrar nesse estado de espírito.
Ainda assim, a exposição valeu muito a pena. Grandes nomes da pintura, quadros bonitos, uma colecção interessante. Gauguin, Cézanne, Monet, Van Gogh, foram alguns dos destaques com as suas naturezas-mortas que, não sendo um estilo que considere espectacularmente interessante, têm a sua piada pela experimentação que permitem, nomeadamente em termos de cores.
Foi também a primeira vez que a minha sobrinha, do alto dos seus dois anos, visitou uma exposição de pintura, e não correu nada mal, vistas bem as coisas.
Só preferia ter ido ver esta exposição com um pouco menos de rebuliço. Acho que poderia ter aproveitado melhor.


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