WALL-E



No fim de semana que passou, aproveitei o tempo meio cinzento e a falta de energia que abundava cá por casa para ir ao cinema ver a mais recente aventura da Pixar, essa mesmo sobre o robot mais fofo de todos os tempos!!!
Todos as críticas ao filme que li até agora são altamente positivas. No Expresso, chegam mesmo a defender que o filme deveria ser nomeado ao Óscar de Melhor Filme. Eu não vou tão longe.
Depois de ler isto tudo, esperava uma história fantástica, um grafismo deslumbrante. Basicamente, esperava ficar completamente rendida ao filme.
E não foi exactamente isso que aconteceu. Embora o robot WALL-E seja uma delícia, claramente inspirado no E.T. de Steven Spielberg, parece que algo da ideia se perde pelo caminho. É quase como se não houvesse puerilidade suficiente no filme, como se toda a história estivesse demasiado auto-consciente das ideias que quer transmitir.
No entanto, tudo isto é um sentimento que fica, assim como que o travo do vinho que permanece na boca depois de engolirmos... E não uma falha óbvia do filme. Por exemplo, a história de amor entre WALL-E e EVA é quase unidireccional, uma vez que ela quase não participa. E, com isso, a doçura dele fica um pouco esbatida.
Houve uma parte que gostei muito, e que eu acho estar muito bem conseguida como "crítica social", que se refere à forma como a humanidade evolui a bordo da nave espacial, enquanto espera pela Terra se tornar um planeta habitável novamente. Como não quero ser desmancha-prazeres, não vou revelar pormenores!
Assim, é um filme querido, com uma mensagem idealista que cai muito bem nos dias de hoje, mas que começa, de alguma forma, a soar a oco. Contudo, um bom filme.

Sem comentários: